“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com
as obras, sendo abomináveis e desobedientes, e
reprovados para toda obra.” — Paulo (TITO, 1:16)
O Espiritismo, em sua feição de Cristianismo
redivivo, tem papel muito mais alto que o de simples
campo para novas observações técnicas da ciência
instável do mundo.
A Terra, até agora, no que se refere às organizações
religiosas, tem vivido repleta dos que confessam a
existência de Deus, negando-O, porém, através das
obras individuais.
O intercâmbio dos dois mundos, visível e invisível,
de maneira direta objetiva esse reajustamento
sentimental, para que a luz divina se manifeste nas
relações comuns dos homens.
Como conciliar o conhecimento de Deus com o
menosprezo aos semelhantes?
As antigas escolas religiosas, à força de se
arregimentarem como agrupamentos políticos do
mundo, sob o controle do sacerdócio, acabaram por
estagnar os impulsos da fé, em exterioridades que
aviltam as forças vivas do espírito.
A doutrina consoladora da sobrevivência e da
comunicação entre os habitantes da Terra e do
Infinito, com bases profundas e amplas no Evangelho,
floresce entre as criaturas com características de
nova revelação, para que o homem seja, nas
atividades vulgares, real afirmação do bem que
nasce da fé viva.
(Francisco Cândido
Xavier por Emmanuel. in: Caminho, Verdade e Vida)